quarta-feira, 5 de abril de 2017

Mãe a "tempo inteiro"


Ser mãe a tempo inteiro é um desafio constante.

Está a completar um mês e meio que exerço em exclusivo esta "profissão". Estar grávida e ter uma criança de ano e meio constantemente atrás de mim a chamar MÃE MÃE MÃE não é pêra doce.

Não é fácil gerir a lida da casa com roupas e comidas e ter um serzinho pequeno a tirar tudo do sítio. Muitas vezes coloco a máquina da roupa a lavar de manhã e o pai chega ao fim do dia e ainda está meio alguidar por estender.

Quando consigo que a pequena durma um pouco acabo por adormecer com ela...resumindo quando acordamos está tudo na mesma... Sim porque uma grávida tem muito sono!

Devido ao passar tanto tempo comigo ficou ainda mais apegada a mim embora o pai seja a sua perdição. Quando é para dormir e comer se a mãe estiver presente não tem como fugir. Numa noite da semana passada tive que me ausentar e a pequena Alice ficou com o pai. Quando cheguei estava tudo calmo, para meu espanto a pequena dormia e a casinha estava toda arrumada. Confesso que fiquei espantada. O pai disse que a pequena adormeceu super bem sem sequer perguntar por mim!

No mês de Março o tempo teve muito mauzinho o que nos levava praticamente a passar todo o dia em casa. Como o tempo já melhorou substancialmente  vamos todas as tardes para o quintal onde, durante 1 hora, a pequena dá umas 20 voltas à casa atrás da bicharada enquanto a mãe corre atrás dela...

Gosto muito da minha filha, mas acho que não fui feita para ser mãe a "tempo inteiro". O pai tem chegado tarde do trabalho e não tem conseguido dar muito apoio. Sinto falta de um bocadinho só meu. Talvez esteja a ser um pouco egoísta mas é o que sinto.

Conheço algumas mães a tempo inteiro e já perguntei a algumas delas como conseguem. Uma delas disse-me que o truque é sair e socializar. Acredito que faça a diferença, contudo os avós e amigos de família encontram-se a trabalhar dificultando esta tarefa.

E tu gostavas de ser mãe a "tempo inteiro"? Como achas que conseguias realizar a tua lida de casa?

Deixa o teu comentário e conta-nos como fazes ou farias se fosse o teu caso!!










terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Armazenamento e conservação do leite materno


A pedido de algumas famílias, hoje deixo-vos algumas recomendações da Direcção Geral de Saúde no que respeita ao armazenamento e conversação de leite materno. 

O leite materno deve ser conservado no fundo frigorífico (a temperatura não oscila tanto com a abertura da porta) ou no congelador em recipientes próprios como sacos de congelação adequados ou recipientes de plástico rígido ou vidro com tampa.
Quando não dispuser de frigorífico ou precisar de transportar o leite utilize um saco térmico e renove o gelo a cada 24h.
O leite materno é precioso logo deve ser conservado em pequenas porções no frio e assim que obter a quantidade desejada congele-o.
Pode ser congelado mesmo permanecendo 48h no frigorífico.


Recomendações para descongelação

Quando pretender descongelar leite:
  • Consuma em primeiro lugar, o que está guardado há mais tempo;
  • Se possível, utilize a descongelação lenta dentro do frigorífico;
  • O micro-ondas não é o indicado para descongelar ou amornar o leite materno;

·         Caso seja necessário acelerar a descongelação pode colocar o recipiente sob água corrente primeiro fria depois morna – apenas para consumo imediato

Atenção: Leite materno descongelado deve ser consumido nas 24h seguintes e não deve voltar a ser congelado.


Alimentação do bebé

  • O leite materno pode ficar com um aspeto cremoso e espesso no cimo, e aquoso em baixo, pelo que antes de ser consumido deve ser suavemente homogeneizado até que as duas partes se misturem.
  • Pode ser oferecido, à temperatura ambiente, ou ligeiramente amornado.



Extração manual

Para recolher o seu leite apenas precisará de um copo esterilizado.
Instale-se confortavelmente e siga estes passos:
  • Faça um “C” com a sua mão colocando o polegar acima da aréola e o indicador abaixo;
  • Mantenha a mama pressionada contra as suas costelas;
  • Pressione, com o polegar e o indicador ao mesmo tempo;
  • Em seguida alivie a pressão;
  • Pressione novamente e volte a aliviar, repetindo estes passos num movimento rítmico.

Dicas úteis:
  •  Evite que os seus dedos deslizem sobre a pele e saiam do lugar inicial;
  • Quando o leite gotejar em menor quantidade experimente rodar gentilmente a posição da mão e extrair leite de outra área da mama;
  •  Ir alternando uma e outra mama pode facilitar a saída do leite;
  • Com a prática a extração será mais fácil e mais eficaz;
  • Alternar a hora do dia também pode ajudar;
  • Extrair leite durante a noite contribui para aumentar a produção de leite.


Para facilitar a extração do leite materno:
  • Escolha um local e momento adequados, procure relaxar, oiça música, olhe para o seu bebé (ou para uma foto dele).
  •  Pode pentear, suavemente a mama com os dedos até à aréola na direção do mamilo.



Resumo - Conservação do leite materno:


Referência Bibliográficas

 Ruth A. Lawrence, Robert M. Lawrence Breastfeeding: A Guide for the Medical Profession Hardcover 2005
 Hands A. Safe storage of expressed breast milk in the home, MIDIRS Midwifery Digest, vol 13, sep 2003, p 378-385 
Morhbacher N, Stock J 2003, The breastfeeding Answer Book (3ª Ed.) La Leche League International 
The Breastfeeding Network 
The Academy of Breastfeeding Medicine, Protocol #8: Human milk storage information for home use for healthy full-term infants. 
Williams-Arnold LD: Human Milk Storage for Healthy Infants and Children. Sandwich, MA, Health Education Associates Inc., 2002

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

O verdadeiro prazer de ser MÃE!



Ao longo da minha vida tenho passado por muitos desafios, um dos quais foi ter-te nos braços. Foi uma luta árdua mas conseguimos vencer!

Quando te vi pela primeira vez senti um mix de emoções que ainda hoje tenho dificuldade em descrever. Encheste a minha vida de luz e de um amor que eu nunca pensei que existisse. Sou uma mulher sortuda. 

Ao longo do teu percurso tenho experienciado sentimentos cada vez mais profundos. O teu primeiro dente, a primeira vez que disseste "MAMÃ", os teus primeiros passos e agora recentemente a tua autonomia em pequenas coisas como o pegar na colher para comer sozinha e o ir buscar os sapatos para te calçares. São estas tuas pequenas grandes acções que tu fazes que me enchem o peito de alegria e orgulho. 

O nosso dia a dia juntas faz que eu esteja constantemente a crescer enquanto mãe. Estou a aprender a  ser mais tolerante e paciente, a renunciar a uma a casa limpa e arrumada e à roupa engomada. Ao acompanhar-te neste teu pequeno percurso sinto-me cada vez mais preenchida com amor.

Somos mãe e filha e eu vou acompanhar-te em todos os momentos sejam eles bons ou maus nesta longa caminhada que temos pela frente.


Obrigada por me teres dado o prazer de saber o que é ser MÃE!


Com muito amor,


Ana Rita Monteiro







quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Internamento da pequena Alice


No decorrer das últimas semanas a nossa vida não foi nada fácil...

Na véspera de Natal, a pequena Alice começou com febre. Controlámos com banhos, brufen e ben-u-ron, mas mesmo assim a febre prolongou-se por 4 dias. Esta veio acompanhada de muita pieira e dificuldade respiratória que atacamos com aerossóis. Como o pediatra da pequena não estava a trabalhar, resolvemos ir ás urgências. Após 3 horas de espera, mandaram-nos para casa com a mesma medicação que estávamos a fazer. No dia seguinte, eu mãe (não satisfeita com o diagnóstico) vi que as coisas não melhoravam e decidi pedir a uma amiga o contacto do pediatra da filha dela e lá fomos nós. Fomos muito bem atendidos. Foi necessário fazer antibiótico e um corticóide para ajudar a combater os malvados bicharocos.
Contudo no dia 28 de Dezembro, a Alice acordou com falta de ar e fomos a voar para as urgências. Foi vista de imediato, a saturação do oxigénio estava muito baixa (91-92), fez de imediato aerossóis e ficou a oxigénio.
Nesse dia, a médica disse seria melhor ficar internada para que o seu estado de saúde estabilizasse. Na manhã seguinte, a situação mantinha-se e a Alice ficou internada na Enfermaria.
Tivemos uma passagem do ano que não pretendemos repetir, com a Alice monitorizada e ligada ao oxigénio. Foram dias muito difíceis, completamente dependente de mim. 
Houve duas coisas que minimizaram as dores da Alice e, consequentemente, as minhas também, maminha e babywearing. Muita, muita maminha... Embora comesse iogurtes e fruta não dispensava a maminha por nada. 
A única maneira de conseguir manter a Alice calma e conseguir que ela descansasse um pouco foi com o babywearing. Ajudou muito a poupar-me os braços e as costas. Mesmo quando me ausentava para ir a casa tomar um banho a correr, a avó, que também é fã da mochila Ergobaby, ficava com ela e só assim conseguia que ela dormisse.
No dia 2 de Janeiro,a Alice passou todo o dia estável e sem necessitar de oxigénio. No dia 3, tivemos alta e viemos para a nossa casinha da qual tantas saudades tínhamos.
Durante estes dias, tivemos uma apoio incansável da nossa família e amigos e, aproveito, desde já, para deixar aqui um profundo agradecimento a todos.

Apesar deste início de ano atribulado, este ano promete muitas surpresas!!!

Um Excelente 2017!

Ana Rita Monteiro